postado por geovanna n°9
Bullying
Neste blog vamos falar do bullying quando começou, aonde e o mais importante e como não sofrer .
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
BULLYING: CONHECER O PROBLEMA É A MELHOR FORMA PARA CONTROLAR ESTE MAL*
É
na escola que se destacam os primeiros e mais dolorosos casos de
Bullying. Esta agressão, que tem início através de agressões verbais e
culmina na agressão física, pode ser controlada desde que a comunidade
escolar esteja preparada para identificar um praticante de bullying e
proteger a criança que é tomada como alvo desta violência. Mesmo
mundialmente já conhecido, o bullying ainda precisa ser muito divulgado e
analisado por todos os educadores, independente de série ou classe
social a qual disponha seu trabalho. Não há idade, sexo, ou poder
aquisitivo para este mal ser desenvolvido, todavia ainda maior são os
prejuízos que ele causa em um meio. Conhecer o termo Bullying é o
primeiro passo para um professor se interessar pelo tema, uma vez que
ele significa a vontade insaciável de maltratar e ridicularizar seu
semelhante. Tão forte e tão carregado de histórias marcantes, o bullying
só poderá ser controlado se nós, sociedade integral, o conhecermos.
Nada pode ser feito a favor daqueles que sofrem se a raiz do problema
não for exposta para dar controle e auxílio aos que o praticam.
Nicolly Guedes nº24
violência
ataca brutalmente nossas escolas diariamente. Uma nova onda violenta e
devastadora vem nos atingindo dia após dia. Seu nome é bullying.
O
preconceito, o desrespeito ou os meros apelidos de aparência inocente
tomam novas proporções e afetam nossas crianças de forma tão agressiva
que já houve casos de morte de algumas, em virtude da falta de limites
do colega que leva piadas a ultrapassarem o nível de simples brincadeira
para chegar ao topo da incoerência humana: uma criança por ser magra ou
gorda, preta ou branca, pobre, com dificuldades de aprendizagem ou
aptidão física passa a ser alvo predileto de outra criança prepotente,
mal educada ou desequilibrada, que vê naquela a oportunidade de exercer
violência moral ou corporal para se sobrepor em meio aos demais colegas
de classe.
O
bullying é o ato praticado pelo agressor inconseqüente, não menos
perigoso e cruel do que um bandido adulto, se não for barrado, punido e
tratado como uma pessoa que oferece risco ao bem-estar daqueles que
estão a sua volta. A criança que sofre com as torturas emocionais e
físicas de um bully tem características semelhantes e de fácil
identificação em todos os casos: é reprimida, tem vários apelidos que a
humilham, não consegue se aproximar das demais pessoas, e não consegue
denunciar os maus tratos que sofre, uma vez que a imposição do medo é a
maior arma do bullying.
Já
foram registrados muitos casos de jovens estrangeiros que invadiram
suas salas de aula e, sem aviso algum, dissipam o terror em meio aos
seus colegas, ferindo-os ou matando-os e depois suicidam-se. Alguns
deles poderiam ser exemplos de bullys descontrolados? Não! Tratam-se de
crianças vítimas de bullying durante boa parte de suas vidas, e o mal
despertado pelo próprio mal acaba por tomar tamanhas proporções que os
deixam descontrolados ao ponto de só a morte daqueles que os agrediram e
a sua própria morte lhes parece a certeza de que a dor e a tristeza da
humilhação pode ser cessada. No Brasil, caso mais triste de morte é o de
uma garota de apenas treze anos que foi cruelmente espancada até sua
falência por quatro colegas de escola que se sentiram ofendidos por ela
ter revidado às constantes afrontas morais em virtude da sua origem e
por se tratar de uma aluna exemplar. Este caso, de Porto Alegre - Rio
Grande do Sul, tornou-se livro e foi o inspirador e instigador para a
pesquisa e desenvolvimento desde trabalho. A obra “Todos contra Dante”
do jornalista Luís Augusto Campello Dill, descreve o sofrimento de um
garoto maltratado por outros adolescentes da mesma idade por sua
aparência e classe social desfavorecidas. Baseada na vida da garota
morta aos treze anos, Dante tem sua história agredida pelas facilidades
que a internet oferece para a invasão de privacidade e possibilidade de
espalhar qualquer conteúdo, mesmo que este agrida moralmente qualquer
outra pessoa.
A
educação parece ser a melhor maneira e o melhor remédio para este mal. O
respeito pelo próximo deve prevalecer em qualquer situação e é na
escola que precisa ser retomado, uma vez que ela está perdendo suas
características de local para busca de conhecimento, passando a ser
local de livre escolhas e descumprimento de normas chamadas agora de
obsoletas. Ora, se elas são tão obsoletas por que é que quando eram
respeitadas criteriosamente, alunos não morriam aos olhos dos colegas
por motivos tão irrisórios?
Questionar
valores priorizados na atualidade e relembrar valores esquecidos pelas
novas gerações é o ponto de partida para acabar com o mal que assusta
nossas crianças antes mesmo de elas saberem escrever o nome daquilo que
as apavora. O bullying precisa ser conhecido para ser reprimido e
extinto do mundo escolar. Professores e toda a sociedade devem estar
atentos: enquanto brincadeiras de mal gosto continuarem sendo tratadas
como parte da fase de crescimento de alguns alunos, muitos outros
continuarão sofrendo a tristeza de viver em um mundo hostil que não o
aceita e por isso o faz motivo de chacota e humilhação para bem de
satisfazer o ego daquele que se nomeia melhor do que qualquer outro.
Nicolly Guedes nº24
Olá, boa noite, aqui veremos um caso de Bullying com dois garotos.
António era um rapaz de 14 anos que frequentava o 9º ano da Escola EB 2+3 de Setúbal.
António era um dos melhores alunos daquela Escola, mas também um dos mais introvertidos. Não era muito participativo dos jogos da turma, nomeadamente dos desportivos.
Já Bento, de 15 anos, era conhecido em toda a Escola, desde alunos a professores, passando por funcionários. Bento frequentava a mesma turma de António - o 9º ano A.
Bento era o rapaz por quem as raparigas mais se interessavam. Um atleta de eleição, só ligava ao desporto, qualquer que ele fosse, deixando de lado todas as outras matérias que implicassem livros, estudo ou pesquisa de documentos.
O outro “hobby” de Bento era sair à noite com os amigos. Bento não parava.
Não fosse a tradição familiar de Bento, nunca teria escolhido a área de economia e sim a de desporto, mas o pai queria que ele seguisse economia e tomasse conta da pequena empresa de panificação da família.
O 9º ano de António, recém-chegado à Escola, transferido do seu colégio na cidade de Beja, onde os pais viviam por ali trabalhar, tem sido muito difícil.
Os pais de António, João e Maria, eram empregados numa empresa que a crise fez encerrar portas, estando o pai desempregado e a mãe a trabalhar numa empresa de telecomunicações.
Desde o primeiro dia que Bento o tem perturbado. Metia-se com ele e dizia-lhe que era um “menino que nem jogar sabia… só ligava aos livros e aos colegas, nada”.
Tudo isto, a par da situação difícil em casa, começou a incomodar António. Depois foi o dinheiro. Em dia que não sabe ao certo precisar, mas certamente no mês de Novembro, começaram as ameaças: “se não tiveres a massa amanhã tás feito… és mesmo um cromo”. Estes factos foram presenciados pelos colegas Bernardo e Daniela.
As ameaças foram subindo de tom. No dia 10 de Fevereiro, não gostando de um comentário depreciativo de António sobre o seu clube, Bernardo diz-lhe: “sei onde moras, tens a mania que és o maior mas não és. Gostas de gozar com os outros mas a mim não gozas… vê lá se tens cuidadinho e não arranjas mais confusão…”.
António optou sempre por não fazer participação de Bento na escola com receio de piores represálias.
Também em casa António nada dizia sobre o que se ia passando na escola. A situação dos pais não era agradável e mais um problema era tudo o que não precisavam.
Mas tudo ia mudando: as dores de cabeça e estômago constates, a falta às aulas, o maior isolamento quer em casa quer na escola, os conflitos com a irmã.
Corolário deste crescente desinteresse provocado pela vivência na escola: o rendimento escolar baixou no 2º período. António começou a ter negativas, notas essas que nunca havia tido.
Mas o pior estava para acontecer, para mal de António, no dia 5 de Março. Bento, ao pé do bar da escola, mais uma vez pediu dinheiro a António que, dessa vez e farto daquela permanente coacção, lhe disse: “não te dou mais dinheiro ó burro, vai chatear outro, deixa-me em paz!”.
Bento reagiu, abeirando-se de António e com dois murros, no estômago e na cara, arrumou a questão. Os colegas nada fizeram.
No mesmo dia, António chegou a casa com o olho negro e com fortes dores de estômago. Aproveitou e contou tudo ao pai e, por telefone, à mãe. O pai acompanhou-o nesse mesmo dia ao Hospital de Santa Maria.
Os pais de António, indignados com toda esta situação, nomeadamente a falta de segurança e de acompanhamento que o seu filho sentiu, escreveram à Direcção da Escola.
António e Bento, desde essa altura, têm acompanhamento psicológico.
Yasmin Genova nº31
António era um dos melhores alunos daquela Escola, mas também um dos mais introvertidos. Não era muito participativo dos jogos da turma, nomeadamente dos desportivos.
Já Bento, de 15 anos, era conhecido em toda a Escola, desde alunos a professores, passando por funcionários. Bento frequentava a mesma turma de António - o 9º ano A.
Bento era o rapaz por quem as raparigas mais se interessavam. Um atleta de eleição, só ligava ao desporto, qualquer que ele fosse, deixando de lado todas as outras matérias que implicassem livros, estudo ou pesquisa de documentos.
O outro “hobby” de Bento era sair à noite com os amigos. Bento não parava.
Não fosse a tradição familiar de Bento, nunca teria escolhido a área de economia e sim a de desporto, mas o pai queria que ele seguisse economia e tomasse conta da pequena empresa de panificação da família.
O 9º ano de António, recém-chegado à Escola, transferido do seu colégio na cidade de Beja, onde os pais viviam por ali trabalhar, tem sido muito difícil.
Os pais de António, João e Maria, eram empregados numa empresa que a crise fez encerrar portas, estando o pai desempregado e a mãe a trabalhar numa empresa de telecomunicações.
Desde o primeiro dia que Bento o tem perturbado. Metia-se com ele e dizia-lhe que era um “menino que nem jogar sabia… só ligava aos livros e aos colegas, nada”.
Tudo isto, a par da situação difícil em casa, começou a incomodar António. Depois foi o dinheiro. Em dia que não sabe ao certo precisar, mas certamente no mês de Novembro, começaram as ameaças: “se não tiveres a massa amanhã tás feito… és mesmo um cromo”. Estes factos foram presenciados pelos colegas Bernardo e Daniela.
As ameaças foram subindo de tom. No dia 10 de Fevereiro, não gostando de um comentário depreciativo de António sobre o seu clube, Bernardo diz-lhe: “sei onde moras, tens a mania que és o maior mas não és. Gostas de gozar com os outros mas a mim não gozas… vê lá se tens cuidadinho e não arranjas mais confusão…”.
António optou sempre por não fazer participação de Bento na escola com receio de piores represálias.
Também em casa António nada dizia sobre o que se ia passando na escola. A situação dos pais não era agradável e mais um problema era tudo o que não precisavam.
Mas tudo ia mudando: as dores de cabeça e estômago constates, a falta às aulas, o maior isolamento quer em casa quer na escola, os conflitos com a irmã.
Corolário deste crescente desinteresse provocado pela vivência na escola: o rendimento escolar baixou no 2º período. António começou a ter negativas, notas essas que nunca havia tido.
Mas o pior estava para acontecer, para mal de António, no dia 5 de Março. Bento, ao pé do bar da escola, mais uma vez pediu dinheiro a António que, dessa vez e farto daquela permanente coacção, lhe disse: “não te dou mais dinheiro ó burro, vai chatear outro, deixa-me em paz!”.
Bento reagiu, abeirando-se de António e com dois murros, no estômago e na cara, arrumou a questão. Os colegas nada fizeram.
No mesmo dia, António chegou a casa com o olho negro e com fortes dores de estômago. Aproveitou e contou tudo ao pai e, por telefone, à mãe. O pai acompanhou-o nesse mesmo dia ao Hospital de Santa Maria.
Os pais de António, indignados com toda esta situação, nomeadamente a falta de segurança e de acompanhamento que o seu filho sentiu, escreveram à Direcção da Escola.
António e Bento, desde essa altura, têm acompanhamento psicológico.
Yasmin Genova nº31
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